Violência contra a mulher em SC: o alerta que não pode ser ignorado

04/08/2025 17:11:00


Santa Catarina enfrenta uma onda preocupante de violência contra mulheres. Em menos de sete dias, seis feminicídios foram registrados em diferentes cidades do estado, revelando a urgência de medidas mais eficazes de proteção e prevenção. As vítimas tinham entre 23 e 59 anos e, na maioria dos casos, foram mortas dentro de casa — um espaço que deveria representar segurança.


O primeiro crime ocorreu em Penha, onde uma mulher foi assassinada pelo companheiro, que já tinha histórico de agressões. Em Rodeio, no dia seguinte, uma jovem foi morta a facadas pelo marido, que tirou a própria vida após o crime. O casal tinha uma filha pequena.


No dia 1º de agosto, dois casos foram registrados. Em Rio do Sul, uma mulher foi baleada dentro de casa, e o principal suspeito, seu ex-companheiro, foi preso em outro estado. Em Bombinhas, uma jovem foi morta com um tiro no peito. A investigação segue em sigilo.


Em Florianópolis, no dia 2, uma mulher foi assassinada pelo próprio filho, que alegou vingança como motivação. Apesar da complexidade do caso, as autoridades classificaram o crime como feminicídio.


O caso mais recente aconteceu em Gaspar, no dia 4 de agosto. Uma mulher foi morta a facadas dentro de casa, e o suspeito fugiu para uma área de mata, ainda não tendo sido localizado.


Esses episódios evidenciam a persistência da violência de gênero em Santa Catarina, mesmo com o aumento dos pedidos de medidas protetivas. O estado já contabiliza pelo menos 31 feminicídios em 2024, número que pode crescer conforme o avanço das investigações.


???? Como pedir ajuda em situações de violência


Mulheres em situação de violência — seja física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral — devem buscar apoio o quanto antes. A denúncia é o primeiro passo para romper o ciclo de agressões e garantir proteção.


???? Canais de denúncia e apoio:


  • Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 Atendimento gratuito e confidencial, disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana. Oferece orientação, acolhimento e encaminhamento para serviços especializados.

  • Polícia Militar – 190 Para situações de emergência e risco imediato.

  • Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) Presentes em diversas cidades, oferecem atendimento jurídico, psicológico e social.

  • Delegacia Virtual Permite o registro de boletins de ocorrência online em alguns estados.

  • Centros de Referência da Assistência Social (CRAS e CREAS) Oferecem apoio psicossocial e encaminhamento para serviços de proteção.

  • Casa da Mulher Brasileira Espaço que reúne diversos serviços de acolhimento, apoio jurídico, alojamento e atendimento psicológico. Disponível em algumas capitais.


???? Importante:


  • Não espere que a violência se agrave.

  • Mesmo ameaças verbais ou controle excessivo já configuram abuso.

  • Amigos, vizinhos e familiares também podem denunciar.


A violência contra a mulher é uma violação dos direitos humanos. Toda mulher tem o direito de viver com dignidade, segurança e liberdade. Denunciar é um ato de coragem — e há uma rede pronta para acolher e proteger.

Fonte: TEXTO JVA / Informações Redes Sociais / SCC10

Imagens


  • Autor: Montagem: Ricardo Souza / SCC10