Estudante de direito é acusada de ser uma "serial killer"

12/10/2025 16:32:00




São Paulo/Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2025 — Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, até recentemente se apresentava como estudante de direito em uma faculdade particular. Hoje, ela está presa preventivamente e responde na Justiça sob a acusação de ter cometido ao menos quatro homicídios por envenenamento, entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.


Segundo o Ministério Público, os crimes ocorreram entre janeiro e maio deste ano. As vítimas foram identificadas como Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, em Guarulhos; Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias; e Hayder Mhazres, um jovem tunisiano, na capital paulista. Em todos os casos, Ana Paula teria se aproximado das vítimas fingindo amizade ou envolvimento afetivo, com o objetivo de obter vantagens patrimoniais.


As investigações apontam que ela pode ter contado com o apoio da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas. Ambas também estão presas e são investigadas por participação nos crimes. Michelle é suspeita de ter contratado Ana Paula para matar o próprio pai, oferecendo R$ 4 mil pela execução.


O caso ganhou notoriedade após a prisão de Michelle, que revelou detalhes sobre o envenenamento de Neil Corrêa da Silva com uma feijoada preparada pela estudante. A polícia também descobriu que Ana Paula teria testado o veneno em animais antes de usá-lo nas vítimas.


Além dos homicídios, Ana Paula já havia sido investigada por tentar envenenar colegas de faculdade com um bolo contaminado, em julho. Ela alegou que queria incriminar a esposa de um policial militar com quem mantinha um relacionamento.


As autoridades aguardam os resultados dos exames toxicológicos e da exumação de três dos corpos para confirmar o tipo de substância utilizada. A estudante permanece detida em São Paulo, enquanto Roberta e Michelle aguardam o andamento das investigações em unidades prisionais distintas.


O caso segue sob apuração das polícias civis de São Paulo e do Rio de Janeiro, que não descartam a existência de outras vítimas.

Fonte: TEXTO JVA / Informações Redes Sociais / G1

Imagens


  • Autor: Reprodução