Caso Viúva Negra: Elisa Zierke dos Passos é condenada a 37 anos de prisão pela morte do empresário Edinei da Maia
O Tribunal do Júri de Brusque concluiu nesta sexta-feira, 19 de setembro, uma das etapas mais aguardadas do chamado “Caso Viúva Negra”, que investigou o assassinato do empresário Edinei da Maia. A viúva, Elisa Zierke dos Passos, foi condenada a 37 anos de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo. A sentença encerra uma fase decisiva do processo que mobilizou a região desde junho de 2024.
Além de Elisa, outros dois réus foram sentenciados: Jean Carlos Hang recebeu pena de 28 anos e Patrick William Schlichting foi condenado a 35 anos. Ambos foram apontados como executores do crime, que envolveu planejamento minucioso, emboscada e ocultação do corpo em área de mata entre Brusque e Canelinha.
Durante o julgamento, testemunhas e policiais civis detalharam o trabalho da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Brusque, que conseguiu identificar e prender os envolvidos mesmo diante das tentativas de encobrimento. A investigação revelou que Elisa teria articulado o crime com apoio de comparsas, motivada por questões pessoais e patrimoniais.
Em sua defesa, Elisa negou ter ordenado a morte do marido e alegou ter sido vítima de violência doméstica e ameaças por parte de Edinei e de outro réu, Júlio César Durgo Sothe, o “Montanha”. Ela admitiu ter pedido que o empresário fosse “assustado”, mas afirmou ter se arrependido e negou envolvimento direto na execução.
O crime ocorreu em 2024, quando Edinei foi atraído para uma emboscada em Vidal Ramos. Ele foi amarrado, agredido e morto, sendo enterrado em uma cova previamente cavada. O corpo foi encontrado em 15 de junho, em estado avançado de decomposição, o que dificultou a identificação precisa da causa da morte.
Na primeira fase do julgamento, realizada em junho, três réus já haviam sido condenados: Júlio César Durgo Sothe (“Montanha”) e Robson de Amorim (“Grilo”) receberam 27 anos de prisão, enquanto Kaue Hans Becker foi sentenciado a 26 anos. O sétimo acusado, Jeferson Alves (“Cuky”), aguarda julgamento após recurso da defesa.
A decisão judicial mantém a prisão preventiva dos réus e nega o direito de recorrerem em liberdade. O processo segue em sigilo e ainda pode ser alvo de recursos. O caso continua repercutindo pela complexidade da trama e pela brutalidade do crime.
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