Réu confessa assassinato de empresário em julgamento em Brusque
O julgamento de Jean Carlos Hang, acusado de envolvimento na morte do empresário Edinei da Maia, teve início nesta sexta-feira, 19 de setembro, no Fórum de Brusque. Em depoimento prestado ao Tribunal do Júri, Jean confessou ter sido o autor dos disparos que mataram Edinei, revelando detalhes da execução e da ocultação do corpo, em contraste com versões anteriores de outros réus que alegaram participação apenas em um “susto”.
Jean afirmou que foi procurado por Patrick, um dos acusados, e aceitou participar do crime como forma de retribuir um favor, sem promessa de pagamento. Segundo ele, a vítima foi rendida no cemitério de Vidal Ramos e levada até a Serra do Moura, onde já havia uma cova cavada. O réu relatou que participou da escavação junto com Patrick, Robson e Jeferson, e que o grupo chegou a fazer um churrasco no local durante os preparativos.
A arma utilizada no crime teria sido comprada por Jean um dia antes. Ele declarou que foi o único armado e que amarrou a vítima antes de efetuar dois disparos na lateral da cabeça. Após o homicídio, ajudou a enterrar o corpo e levou o carro de Edinei até Itajaí, onde o entregou a outro homem.
Durante o depoimento, Jean admitiu estar sob efeito de cocaína no dia do crime, o que, segundo ele, compromete sua memória sobre alguns detalhes. Negou ter visto corda no pescoço da vítima e disse não se lembrar de mensagens que teriam sido exibidas a Edinei no momento da execução.
A acusação sustenta que o crime foi motivado por interesses financeiros e que a viúva de Edinei, Elisa Zierke dos Passos, teria encomendado o assassinato para assumir os bens e a empresa do marido. O Ministério Público aponta Patrick como responsável pela organização da ação, com apoio de outros comparsas na execução.
O corpo de Edinei foi encontrado em 15 de junho de 2024, em avançado estado de decomposição. Em júri anterior, três réus já foram condenados: Júlio César Durgo Sothe (“Montanha”) e Robson de Amorim (“Grilo”) receberam 27 anos de prisão, enquanto Kaue Hans Becker foi sentenciado a 26 anos. Nesta etapa, o julgamento avalia a responsabilidade de Elisa, Patrick e Jean. Jeferson Alves (“Cuky”) teve o julgamento adiado por conta de recurso da defesa.
O caso segue gerando forte repercussão na região, tanto pela brutalidade do crime quanto pela complexidade da trama revelada ao longo das investigações.
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