STF forma maioria e condena Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira, 11 de setembro, para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. É a primeira vez que um ex-chefe de Estado brasileiro é condenado por esse tipo de crime.
O julgamento, iniciado em 2 de setembro, envolve oito réus ligados ao núcleo central do governo anterior. Além de Bolsonaro, estão sendo julgados ex-integrantes das Forças Armadas, da inteligência nacional e do alto escalão ministerial. Entre os crimes imputados estão tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.
Votação e posicionamentos
Com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do STF alcançou o placar de 3 a 1 pela condenação. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam se manifestado no mesmo sentido. O ministro Luiz Fux divergiu, defendendo a absolvição dos réus e a anulação do processo. O voto do ministro Cristiano Zanin, último a ser proferido, ainda está pendente, mas não altera o resultado, já que a maioria foi formada.
Réus e acusações
Além de Bolsonaro, são réus no processo:
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-chefe do GSI;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.
Todos são acusados de integrar uma organização criminosa com o objetivo de impedir a alternância democrática de poder após as eleições de 2022.
Penas e regimes de cumprimento
A pena máxima prevista pode chegar a 43 anos de prisão. Parte desse tempo poderá ser cumprida em regime fechado, com transição posterior para o semiaberto. Em casos específicos, como problemas de saúde, há possibilidade de prisão domiciliar. Para réus militares, o cumprimento pode ocorrer em instalações específicas, como quartéis. Também há previsão de cela especial no Complexo da Papuda, em Brasília.
Repercussão e próximos passos
A condenação aprofunda o embate entre o Judiciário e setores políticos alinhados ao ex-presidente. Aliados já articulam estratégias jurídicas e políticas para tentar reverter ou atenuar os efeitos da decisão, incluindo pedidos de anistia e recursos para mudança de regime de cumprimento.
A dosimetria das penas será definida na próxima sessão, prevista para sexta-feira, 12 de setembro. O julgamento segue sob forte atenção nacional e internacional, com repercussões sobre a estabilidade democrática e o papel das instituições brasileiras.
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