Um laudo pericial revelou que havia desgaste em um dos freios traseiros do ônibus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), envolvido no acidente que matou sete pessoas e deixou outras 26 feridas em Imigrante, no Vale do Taquari, no dia 4 de abril. A análise, divulgada nesta terça-feira (29), foi realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e será usada para aprofundar as investigações da Polícia Civil.

De acordo com o delegado responsável, José Romaci Rei, a condição do freio traseiro, com lonas praticamente gastas, pode ter dificultado a frenagem do veículo, contribuindo para o desfecho trágico. A polícia está apurando se houve negligência por parte dos responsáveis pela manutenção do ônibus, além de avaliar a conduta do motorista durante o acidente.

O caso pode culminar em indiciamentos por homicídio culposo, caracterizado pela ausência de intenção de matar. O delegado afirmou ainda que não descarta uma nova perícia no veículo para esclarecer mais detalhes sobre as condições técnicas que levaram ao ocorrido.

A tragédia

No dia 4 de abril, o ônibus da UFSM partiu de Santa Maria com 35 passageiros, entre professores e estudantes, para uma visita técnica ao cactário Horst, em Imigrante. Por volta das 10h30min, entre os quilômetros 3 e 4 da RSC-453, o coletivo saiu da pista e tombou em uma ribanceira de mais de 50 metros, deixando marcas de consternação.

A universidade aguarda um comunicado oficial sobre o caso para divulgar suas manifestações. Não há prazo definido para a conclusão do inquérito.