Fotos: Corpo de Bombeiros / Redes Sociais

No último sábado, 1º de março, uma tragédia abalou a cidade de Navegantes. Luiz Eduardo Scloneski, de 21 anos, perdeu a vida de forma trágica ao ser decapitado por uma linha com cerol enquanto pilotava sua moto na BR-470. O acidente aconteceu durante a tarde, quando Luiz e sua esposa, Kaline Antunes, de 19 anos, se dirigiam para visitar um amigo.

Segundo relatos de Kaline, tudo aconteceu muito rápido. A linha com cerol atingiu o pescoço de Luiz, causando um corte fatal. Eles caíram no chão, e Kaline, que estava na garupa, sofreu ferimentos nos braços e pernas. Infelizmente, Luiz não resistiu aos ferimentos e morreu no local, apesar dos esforços de uma equipe de ambulância que passava pela região e parou para prestar socorro.

Luiz, descrito por sua esposa como alegre, trabalhador e muito esforçado, era soldador e morador de Navegantes. Ele e Kaline estavam juntos há três anos e se casaram no civil em dezembro do ano passado. O casal planejava comprar uma casa e construir um futuro juntos. Fotos compartilhadas nas redes sociais mostram o carinho e a felicidade que compartilhavam.

Kaline revelou que o uso de cerol em pipas é comum às margens da BR-470 em Navegantes, e relembrou um acidente semelhante ocorrido em 2021, que tirou a vida de um jovem de 23 anos.

A Polícia Civil, representada pelo delegado Osnei Valdir de Oliveira, já abriu um inquérito para apurar a morte de Luiz. O delegado destacou que acidentes com linha de cerol são recorrentes, embora casos fatais como este sejam raros. Ele ressaltou a importância do uso de antenas protetoras por motociclistas para desviar a trajetória das linhas e evitar lesões graves.

O uso de cerol em pipas é proibido no Brasil, e as autoridades pedem que qualquer informação que possa levar à identificação do responsável pelo acidente seja repassada à polícia pelo telefone 181 ou pelo WhatsApp (48) 98844-0011. Caso o responsável seja identificado, poderá responder por homicídio culposo ou, dependendo da investigação, por dolo eventual, se for comprovado que assumiu o risco de matar. No caso de ser uma criança, não haverá responsabilização criminal.

Kaline desabafa, esperando que justiça seja feita e que tragédias como esta nunca mais aconteçam: “Uma vida foi perdida por inconsequência dos outros”.