Jennifer e James Crumbley, pais do adolescente Ethan Crumbley, enfrentaram o tribunal e receberam sentenças de 10 a 15 anos de prisão por sua negligência no caso que chocou a nação. O filho deles, Ethan, foi responsável por um tiroteio mortal em uma escola de ensino médio em Michigan, onde quatro estudantes perderam a vida e sete ficaram feridos.

A juíza do condado de Oakland, Cheryl Matthews, enfatizou que essas condenações não se tratam de má paternidade, mas sim do fracasso dos pais em conter o ataque. Ela destacou as oportunidades perdidas pelos Crumbleys, que poderiam ter impedido o filho de ter acesso à arma semiautomática usada no ataque. Um desenho perturbador encontrado na sala de aula, com imagens de uma arma, uma bala e frases depressivas, deveria ter sido um sinal de alerta.

Durante o julgamento, os pais expressaram arrependimento e tentaram reduzir suas sentenças. O pai ainda insistiu que não sabia que Ethan estava profundamente perturbado. No entanto, o júri considerou ambos culpados de homicídio involuntário, tornando este caso o primeiro na Justiça norte-americana a responsabilizar mãe e pai pelo crime de seu filho de 15 anos.

As palavras das mães das vítimas ecoaram no tribunal. Nicole Beausoleil, mãe de Madisyn Baldwin, uma das estudantes mortas, confrontou os Crumbleys, lembrando-os de que enquanto eles compravam uma arma para o filho, ela ajudava sua filha com os trabalhos da faculdade. Jill Soave, mãe de Justin Shilling, outra vítima, expressou seu horror e trauma, criticando os pais por não terem agido para evitar uma tragédia completamente evitável.

Este caso serve como um alerta para a responsabilidade dos pais na prevenção de atos violentos por parte de seus filhos. A sociedade espera que os pais estejam atentos aos sinais e ajam para proteger suas comunidades e suas próprias famílias. A tragédia em Michigan é uma lembrança dolorosa de que negligência não pode ser ignorada quando vidas estão em jogo.