Maria Júlia Borges Bitencort, de 18 anos, estava grávida de aproximadamente três meses quando foi baleada na cabeça e morta na casa do namorado em Videira, no Oeste de Santa Catarina. O suspeito, um homem de 20 anos, era companheiro de Maria Júlia e assassinou a vítima na cama. Ele foi preso.

O delegado Édipo Flamia Helt informou que o suspeito foi indiciado por feminicídio com pena agravada pela gravidez da vítima, além do aborto sem consentimento da gestante. A vítima estava inserida em um contexto de violência doméstica desde o início da relação, há cerca de seis meses. Embora não morassem juntos, eles se encontravam com frequência na casa dele. O suspeito era extremamente ciumento, possessivo e agressivo, e várias pessoas presenciaram isso, embora nem a vítima, nem familiares e amigos tenham registrado ocorrência.

A Polícia Civil acredita que Maria Júlia estava grávida de aproximadamente três meses, mas solicitou à Justiça uma comparação entre o material biológico do feto e do autor. O laudo técnico ainda não foi expedido pela Polícia Científica.

De acordo com o relatório da Polícia Militar, que esteve no local da ocorrência, por volta das 3h, no bairro Oficina, a vítima foi alvejada por um disparo de arma de fogo na região da cabeça. O suspeito tinha passagens policiais por porte ilegal de arma de fogo, posse e tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lesão corporal. Após o crime, o namorado fugiu, mas foi localizado pela polícia horas depois em frente à cena do crime, ao retornar para buscar seus pertences pessoais. 

O suspeito foi preso perto do local do crime. Na delegacia, ele foi interrogado e não se manifestou, preferindo ficar em silêncio.